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Controles Internos e sua Importância para a Transparência das Informações Contábeis

Antes de abordarmos sobre a importância dos Controles Internos, iniciaremos com um breve comentário sobre a definição destes, que são importantes elementos para a gestão financeira e imprescindível para a gestão empresarial como um todo.

Os Controles Internos são fundamentais no alcance dos objetivos da Entidade, pois de nada adianta planejar e dirigir uma organização sem que haja um controle eficaz e eficiente de todos os processos internos.

O Comitê de Procedimentos de Auditoria do Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados – AICPA, afirma:

“o controle interno compreende o plano de organização e o conjunto coordenado dos métodos e medidas, adotados pela empresa, para proteger seu patrimônio, verificar a exatidão e a fidedignidade de seus dados contábeis, promover a eficiência operacional e encorajar a adesão à política traçada pela administração.”

A presença de controles internos em uma organização gera uma confiança maior quanto a qualidade de seus processos. Investir em um controle interno é garantir que a Entidade está preparada para prevenir e corrigir falhas que possam prejudicá-la como um todo, possibilitando identificar as falhas nos processos, promovendo ações para solucioná-las e garantir que a Entidade atinja seus objetivos.

O controle interno é parte integrante de cada segmento da organização e cada procedimento corresponde a uma parte do conjunto do controle interno. Por exemplo: se o departamento de vendas tira um pedido, devem existir seus compromissos junto à companhia. Por sua vez, o setor de expedição terá de saber se a venda foi realizada para proceder ao seu despacho e solicitar a emissão da documentação comprobatória, que compulsoriamente terá de ser contabilizada, e assim por diante.

O conjunto de procedimentos demonstrado no exemplo, é considerado um controle interno, muito embora haja outros procedimentos que mereçam considerações para que se complete o ciclo, como no caso exemplificado.

A estrutura conceitual de controle interno mais utilizada para tal fim é a do COSO (Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission). O controle interno de uma organização, incluindo os controles de tecnologia da informação, é estruturado em cinco componentes inter-relacionados:

  • Ambiente de controle: fornece a disciplina e a estrutura para ajudar uma entidade a alcançar os seus objetivos, com base nos princípios de compromisso com integridade e valores éticos;
  • Avaliação de risco: corresponde ao processo desenvolvido e implementado pela Entidade, com a finalidade de identificar e avaliar os riscos que ela enfrenta na busca de seus objetivos e o impacto e a probabilidade de ocorrência dos eventos;
  • Atividades de controle: ações gerenciais estabelecidas por meio de políticas e procedimentos para responder aos riscos e alcançar os objetivos no sistema de controle interno, que inclui o sistema de informação da entidade;
  • Informação e comunicação: é o fluxo de informações dentro de uma entidade, envolvendo considerações quanto à qualidade das informações, comunicação interna e externa e métodos de comunicação;
  • Monitoramento: atividades gerenciais estabelecidas e executadas para avaliar a qualidade do desempenho do controle interno ao longo do tempo, com a finalidade de corrigir prontamente as deficiências constatadas, incluindo os apontamentos da auditoria e de outras revisões.

Assim, para fins de Auditoria Independente, a identificação e avaliação dos riscos de distorção relevantes, independentemente se causada por fraude ou por erro nas demonstrações financeiras e nas afirmações, incluem os procedimentos para obtenção do entendimento da entidade e do seu ambiente, inclusive do controle interno, denominados procedimentos preliminares de avaliação de risco.

O objetivo do entendimento é avaliar a eficiência e eficácia do controle interno da entidade, onde que por meio de análises é efetuado o planejamento dos trabalhos de auditoria e a definição e extensão dos testes, com a finalidade de obter segurança razoável ao processo de elaboração das demonstrações contábeis.

Os Controles Internos são ferramentas de extrema necessidade, independente da obrigatoriedade de divulgação das demonstrações contábeis ou contratação de Auditoria Independente. Por meio de testes e análises dos processos nos procedimentos executados na atividade operacional da Entidade, podendo ser encontrado deficiências que causa impacto diretamente no fluxo de caixa financeiro, e por meio dessa ferramenta, é possível detectar possíveis deficiências, possibilitando a correção de maneira preventiva, reduzindo retrabalho, aproveitando oportunidades de aperfeiçoamento e otimizando fluxos de caixa.

A Azevedo Auditoria possui equipe especializada, e podemos ajudar sua Entidade por meio de nossa vasta experiência, na implantação e otimização dos Controles Internos. Conte conosco!

Por: Nathani Toldato.
Bacharel em Ciências Contábeis pelo Centro Universitário Toledo,
com registro no CRC.